Áudio
Geralmente dão mais atenção à qualidade das imagens e
esquecem do áudio e da importância da sonoplastia e da trilha sonora nos
produtos audiovisuais. Sendo a audição o sentido que nos dá sensação de
espacialidade, atenção, concentração assim como emoções são alteradas com os
efeitos sonoros ou com músicas diversas, o poder de condução da sensorialidade
do espectador depende bastante do audio, pois alterar o som de uma cena é
alterar toda a semiótica da mesma.
Som é a transmissão de ondas acústicas de energia que o ouvido humano é capaz de detectar em frequências que variam entre cerca de 20 hertz a 20 kilohertz. Frequências mais baixas são conhecidas como tons profundos graves e frequências mais altas formam os agudos. Essas ondas de audio e suas frequências fazem com que o tímpano vibre em taxas que determinam tom e volume. No meio eletrônico, essas ondas de som analógicas são convertidas em uns e zeros digitais por meio de amostragens gravadas em valores em um formato que o computador é capaz de entender.
A qualidade do áudio é depende da condição do equipamento técnico. Dependendo do microfone utilizado para capitação e do alto falante para reprodução do som, o áudio pode sofrer perdas na qualidade. A sensibilidade do microfone, também capta mais ruídos, por isso é importante proteger do vento, e de intervenções sonoras indesejadas. Os ruídos e interferências, podem ser utilizados como recursos de sonoplastia, quando trabalhados de forma a compor simbolicamente a diegese do filme. Cada som com timbre e frequência específicos, assim como cada cor, possui uma semiologia própria e remete a vários significados de acordo com o contexto.
Dependendo do condicionamento anterior do indivíduo, o som pode provocar toda uma variedade de emoções e reações físicas – batidas mais rápidas do coração, riso, lágrimas; O som provoca o movimento e a fala, desperta lembranças e faz surgirem imagens mentais há muito esquecidas. Para estudar os efeitos do som sobre a visão, o fisiologista Gerd Jansen enche uma câmara absorvedora de som com barulho, enquanto a pessoa submetida à experiência olha por um instrumento de exame óptico. O Dr. Jansen apurou que alguns tipos de ruído comum prejudicam a percepção em profundidade e a acomodação visual durante breves períodos de tempo.
A noção de espaço pode sugerir-se por captação de som, por amplificação eletrônica ou por tradução verbal do informador. No primeiro caso, o espaço define-se mediante a amplitude e a reverberação acústica, graduando a matéria sonora de acordo com o aumento ou a diminuição da sua presença. Estabelecendo diversos tipos de planos para refletir a dimensão de profundidade espacial.
Assim como é feito na imagem, usa-se o Primeirissimo Plano para refletir intimidade, a fonte está bem próxima do microfone ou sofre um processo de grande ampliação na reprodução. Já o Primeiro Plano, reflete um nível conversacional entre pessoas pouco distanciadas e pouco íntimas. Como no caso do diálogo entre Robson e a Recepcionista ou o diálogo entre Andrea e Fábio no primeiro encontro dos dois. Já o Plano Geral, por sua vez, reflete um distanciamento maior ou ampliação menor, variável de acordo com os níveis dos restantes planos. Nesse plano reside o som ambiente, os ruídos dos objetos fora de quadro, etc. Semelhante ao Plano de fundo, onde os sons de fraca intensidade, geralmente sobrepostos a outros de nível mais elevado, ajudam a compor o som ambiente.
Afirma Chion(1999: 279) que o resultado da combinação áudio e visual “não consiste na percepção de sons e imagens enquanto tais, mas na percepção de espaço, de matéria, de volume, de sentido, de expressão e de organização espacial e temporal”
A Montagem sonora dá possibilidade de cortar e misturar diversas faixas durante a montagem no plano sincrônico (simultâneo) e no plano diacrônico (sucessivo) gera uma sequência expressiva em que os vários elementos se combinam entre si, perdendo a sua autonomia, para se integrar num conjunto com significado próprio. Alguns exemplos de recursos expressivos sonoros para assegurar a continuidade são: justaposição de sons diferentes, mistura ou fundido encadeado, fade in/out (aparecimento ou desaparecimento gradual do som) e fragmentos sonoros breves ou efeitos de sonoplastia.
Os quatro subsistemas – palavra, musica, som, silencio – ao integrar-se no sistema sonoro como elementos síncronos ou diacronos, geram uma nova significação que, por sua vez, irá influenciar a determinação do significado da imagem visual quando incorporam qualquer documento audiovisual. No contexto da linguagem audiovisual, o som não enriquece a imagem, antes modifica a percepção global do receptor. O áudio não actua em função da imagem e dependendo dela, mas actua com ela e ao mesmo tempo que ela, transmitindo informação que o receptor vai processar de modo complementar em função da sua tendência natural à coerência perceptiva. (Rodriguez Bravo)
O audio segue três linhas expressivas bem delimitadas quando atua na narrativa audiovisual. 1- transmite com grande precisão sensações espaciais. 2- conduz a interpretação do conjunto audiovisual. 3- organiza narrativamente o fluxo do discurso audiovisual. 4 – relações contraídas pelos subsistemas expressivos.
Sendo o filme Amargo da Língua um híbrido de suspense e comédia, alternando sequências de ação com sequencias cômicas, a sonoplastia é fundamental para indicar e reforçar os momentos de tensão e descontração, o ritmo da piada e o ritmo do suspense, da adrenalina.
Na produção de cinema convencional, alguns profissionais são responsáveis pelas funções na área de áudio. São esses: desenhista de som, profissional responsável pela qualidade de captação, gravação de ruídos e mixagem dos sons que farão parte da trilha sonora do filme. O microfonista que posiciona os microfones, que podem ser boom ou lapela, entre outros, quando manuseia o boom segura a vara o mais longe possível para não interferir no enquadramento. E o técnico de captação de som é responsável pela gravação, no set de filmagem, dos diálogos, ruídos ambientes e playbacks (música gravada com antecedência, que servirá de guia para cantos e danças dos atores.
Som é a transmissão de ondas acústicas de energia que o ouvido humano é capaz de detectar em frequências que variam entre cerca de 20 hertz a 20 kilohertz. Frequências mais baixas são conhecidas como tons profundos graves e frequências mais altas formam os agudos. Essas ondas de audio e suas frequências fazem com que o tímpano vibre em taxas que determinam tom e volume. No meio eletrônico, essas ondas de som analógicas são convertidas em uns e zeros digitais por meio de amostragens gravadas em valores em um formato que o computador é capaz de entender.
A qualidade do áudio é depende da condição do equipamento técnico. Dependendo do microfone utilizado para capitação e do alto falante para reprodução do som, o áudio pode sofrer perdas na qualidade. A sensibilidade do microfone, também capta mais ruídos, por isso é importante proteger do vento, e de intervenções sonoras indesejadas. Os ruídos e interferências, podem ser utilizados como recursos de sonoplastia, quando trabalhados de forma a compor simbolicamente a diegese do filme. Cada som com timbre e frequência específicos, assim como cada cor, possui uma semiologia própria e remete a vários significados de acordo com o contexto.
Dependendo do condicionamento anterior do indivíduo, o som pode provocar toda uma variedade de emoções e reações físicas – batidas mais rápidas do coração, riso, lágrimas; O som provoca o movimento e a fala, desperta lembranças e faz surgirem imagens mentais há muito esquecidas. Para estudar os efeitos do som sobre a visão, o fisiologista Gerd Jansen enche uma câmara absorvedora de som com barulho, enquanto a pessoa submetida à experiência olha por um instrumento de exame óptico. O Dr. Jansen apurou que alguns tipos de ruído comum prejudicam a percepção em profundidade e a acomodação visual durante breves períodos de tempo.
A noção de espaço pode sugerir-se por captação de som, por amplificação eletrônica ou por tradução verbal do informador. No primeiro caso, o espaço define-se mediante a amplitude e a reverberação acústica, graduando a matéria sonora de acordo com o aumento ou a diminuição da sua presença. Estabelecendo diversos tipos de planos para refletir a dimensão de profundidade espacial.
Assim como é feito na imagem, usa-se o Primeirissimo Plano para refletir intimidade, a fonte está bem próxima do microfone ou sofre um processo de grande ampliação na reprodução. Já o Primeiro Plano, reflete um nível conversacional entre pessoas pouco distanciadas e pouco íntimas. Como no caso do diálogo entre Robson e a Recepcionista ou o diálogo entre Andrea e Fábio no primeiro encontro dos dois. Já o Plano Geral, por sua vez, reflete um distanciamento maior ou ampliação menor, variável de acordo com os níveis dos restantes planos. Nesse plano reside o som ambiente, os ruídos dos objetos fora de quadro, etc. Semelhante ao Plano de fundo, onde os sons de fraca intensidade, geralmente sobrepostos a outros de nível mais elevado, ajudam a compor o som ambiente.
Afirma Chion(1999: 279) que o resultado da combinação áudio e visual “não consiste na percepção de sons e imagens enquanto tais, mas na percepção de espaço, de matéria, de volume, de sentido, de expressão e de organização espacial e temporal”
A Montagem sonora dá possibilidade de cortar e misturar diversas faixas durante a montagem no plano sincrônico (simultâneo) e no plano diacrônico (sucessivo) gera uma sequência expressiva em que os vários elementos se combinam entre si, perdendo a sua autonomia, para se integrar num conjunto com significado próprio. Alguns exemplos de recursos expressivos sonoros para assegurar a continuidade são: justaposição de sons diferentes, mistura ou fundido encadeado, fade in/out (aparecimento ou desaparecimento gradual do som) e fragmentos sonoros breves ou efeitos de sonoplastia.
Os quatro subsistemas – palavra, musica, som, silencio – ao integrar-se no sistema sonoro como elementos síncronos ou diacronos, geram uma nova significação que, por sua vez, irá influenciar a determinação do significado da imagem visual quando incorporam qualquer documento audiovisual. No contexto da linguagem audiovisual, o som não enriquece a imagem, antes modifica a percepção global do receptor. O áudio não actua em função da imagem e dependendo dela, mas actua com ela e ao mesmo tempo que ela, transmitindo informação que o receptor vai processar de modo complementar em função da sua tendência natural à coerência perceptiva. (Rodriguez Bravo)
O audio segue três linhas expressivas bem delimitadas quando atua na narrativa audiovisual. 1- transmite com grande precisão sensações espaciais. 2- conduz a interpretação do conjunto audiovisual. 3- organiza narrativamente o fluxo do discurso audiovisual. 4 – relações contraídas pelos subsistemas expressivos.
Sendo o filme Amargo da Língua um híbrido de suspense e comédia, alternando sequências de ação com sequencias cômicas, a sonoplastia é fundamental para indicar e reforçar os momentos de tensão e descontração, o ritmo da piada e o ritmo do suspense, da adrenalina.
Na produção de cinema convencional, alguns profissionais são responsáveis pelas funções na área de áudio. São esses: desenhista de som, profissional responsável pela qualidade de captação, gravação de ruídos e mixagem dos sons que farão parte da trilha sonora do filme. O microfonista que posiciona os microfones, que podem ser boom ou lapela, entre outros, quando manuseia o boom segura a vara o mais longe possível para não interferir no enquadramento. E o técnico de captação de som é responsável pela gravação, no set de filmagem, dos diálogos, ruídos ambientes e playbacks (música gravada com antecedência, que servirá de guia para cantos e danças dos atores.