Produção
Por se tratar de uma produção de guerrilha, com equipe mínima necessária,
algumas funções são removidas, cabendo a todos da equipe auxiliar em diversas
funções ao mesmo tempo. No cinema tradicional, a estrutura de produção é
equipada com diferentes tipos de técnicos e assistentes, funções exclusivas são
executadas por especialistas, como no caso do continuísta, ou assistente de
fotografia, etc. Como explica Chris Rodrigues no livro Cinema e Produção:
Os técnicos da produção são os responsáveis pela administração, logística, tática e dos custos de uma filmagem. Apesar de parecer uma tarefa puramente administrativa, em cinema exige-se da equipe de produção elevado senso artístico, contribuindo com sugestões e soluções de problemas em que esse sentido é extremamente necessário. Um filme, seja que tipo for, necessita de um produtor, que levantará os recursos necessários e acompanhará estreitamente o seu gasto para que o filme termine dentro do prazo e do orçamento estipulados. (CHRIS RODRIGUES)
Sem orçamento e com custo quase zero, o filme Amargo da Língua foi produzido de forma totalmente independente, usando técnicas de guerrilha, contando com a colaboração coletiva e voluntária da equipe e elenco. Voltando ao modo de produção do primeiro cinema, onde todos colaboram em diferentes funções, a realização desse projeto foi possível dentro dos prazos estabelecidos. Antigamente os equipamentos necessários para fazer cinema eram caros e inacessíveis à maioria da população. Hoje em dia com as novas mídias e a popularização de equipamentos digitais, as coisas ficaram mais acessíveis para produtores de guerrilha.
Cinema de guerrilha, feito por meio de iniciativas louváveis, trabalhado no limite financeiro, estético e humano. Cinema brasileiro de invenção, união, comunhão, de combate, que se cria, reconstrói e que ousa e que, ainda assim, enfrenta o grave problema de não poder ser visto pela maioria da população brasileira. Mesmo com todos os esforços sendo avaliados e avalizados, parabenizados, é preciso notar que esse esforço não pode ser ad eternum , soluções devem ser pensadas e repensadas, políticas de exibição e distribuição revisadas, adequadas. (LEONARDO AMARAL)
Cinema de guerrilha é a expressão utilizada para designar filmes de baixo ou nenhum orçamento, que não são financiados pelo governo nem patrocinados por empresas. Utiliza táticas de Guerrilha para produzir filmes com toda a qualidade possível livrando-se dos mecanismos engessados da burocracia e/ou dos vários níveis de hierarquias e formalismos do cinema convencional. Apesar de envolver a palavra “guerrilha”, não está necessariamente envolvido com militâncias políticas e movimentações sociais específicas.
As principais características do Cinema de Guerrilha são: não visar lucro, desobediência às normas estabelecidas, métodos de produção autoral não-convencionais, ações rápidas e surpreendentes, flexibilidade de planejamento, alta mobilidade, utilização dos recursos disponíveis nas locações, trabalho colaborativo, sentimento de pertença por parte da equipe, equipe mínima necessária, processo dialético, aplicável a todos os gêneros cinematográficos.
Para conseguir as locações, foi feito requerimento informal para amigos e integrantes da equipe, para cederem seus espaços gratuitamente. Apoiadores como Land Trip, Raízes Reggea Roots, California Chalés, Casa de Cultura do Guará e Li Lopes Atelier, sederam carro e locação gratuitamente sem requerimento formal, em cima da data das gravações, que já foram previstas antes de obter as locações necessárias. É dessa forma improvisada, sem burocracia e rápida que se dá o cinema de guerrilha quando se tem prazos a serem obedecidos.
As influências teóricas e estéticas do Dogma95 combinam bastante com a proposta do cinema de guerrilha, pois segundo as doutrinas do Dogma95, os objetos de cena são encontrados na locação, não se usa iluminação artificial, a câmera na mão, treme passando a sensação de realismo do cinema verdade, etc. Dessa forma a produção tem como proposito aproveitar a falta de recursos técnicos para transformar, de forma experimental, os erros em linguagem narrativa e sensações cinematográficas que comuniquem a estória também de forma não-narrativa, mas sensorial e lisérgica como é o contexto do filme.
A produção feita de forma rápida e informal, exige muita criatividade e poder de improviso. Pensar e agir de acordo com as demandas necessárias para que o filme se concretize como produto no prazo estabelecido e saber utilizar os poucos recursos disponíveis da melhor maneira possível, são os principais desafios da produção de guerrilha. Também pode ser considerado Cinema Marginal devido a seu modus operandi anticonvencional, livre de demandas comerciais e amarras estéticas com regras engessadas.
O modo de produção influi diretamente na estética do filme. A produção de guerrilha geralmente tem um estilo underground e marginal. Permite experimentar antigas vanguardas além de rupturas com o cinema convencional. A experimentação é de suma importância para inovação criativa, nas grandes discussões acerca de cinema não se pode deixar de mencionar a experimentação estética. Dessa forma até os erros são importantes e colaboram com o aprendizado. Enxergar onde estão as falhas, é uma forma de criar experiência para saber como evita-las.
Os técnicos da produção são os responsáveis pela administração, logística, tática e dos custos de uma filmagem. Apesar de parecer uma tarefa puramente administrativa, em cinema exige-se da equipe de produção elevado senso artístico, contribuindo com sugestões e soluções de problemas em que esse sentido é extremamente necessário. Um filme, seja que tipo for, necessita de um produtor, que levantará os recursos necessários e acompanhará estreitamente o seu gasto para que o filme termine dentro do prazo e do orçamento estipulados. (CHRIS RODRIGUES)
Sem orçamento e com custo quase zero, o filme Amargo da Língua foi produzido de forma totalmente independente, usando técnicas de guerrilha, contando com a colaboração coletiva e voluntária da equipe e elenco. Voltando ao modo de produção do primeiro cinema, onde todos colaboram em diferentes funções, a realização desse projeto foi possível dentro dos prazos estabelecidos. Antigamente os equipamentos necessários para fazer cinema eram caros e inacessíveis à maioria da população. Hoje em dia com as novas mídias e a popularização de equipamentos digitais, as coisas ficaram mais acessíveis para produtores de guerrilha.
Cinema de guerrilha, feito por meio de iniciativas louváveis, trabalhado no limite financeiro, estético e humano. Cinema brasileiro de invenção, união, comunhão, de combate, que se cria, reconstrói e que ousa e que, ainda assim, enfrenta o grave problema de não poder ser visto pela maioria da população brasileira. Mesmo com todos os esforços sendo avaliados e avalizados, parabenizados, é preciso notar que esse esforço não pode ser ad eternum , soluções devem ser pensadas e repensadas, políticas de exibição e distribuição revisadas, adequadas. (LEONARDO AMARAL)
Cinema de guerrilha é a expressão utilizada para designar filmes de baixo ou nenhum orçamento, que não são financiados pelo governo nem patrocinados por empresas. Utiliza táticas de Guerrilha para produzir filmes com toda a qualidade possível livrando-se dos mecanismos engessados da burocracia e/ou dos vários níveis de hierarquias e formalismos do cinema convencional. Apesar de envolver a palavra “guerrilha”, não está necessariamente envolvido com militâncias políticas e movimentações sociais específicas.
As principais características do Cinema de Guerrilha são: não visar lucro, desobediência às normas estabelecidas, métodos de produção autoral não-convencionais, ações rápidas e surpreendentes, flexibilidade de planejamento, alta mobilidade, utilização dos recursos disponíveis nas locações, trabalho colaborativo, sentimento de pertença por parte da equipe, equipe mínima necessária, processo dialético, aplicável a todos os gêneros cinematográficos.
Para conseguir as locações, foi feito requerimento informal para amigos e integrantes da equipe, para cederem seus espaços gratuitamente. Apoiadores como Land Trip, Raízes Reggea Roots, California Chalés, Casa de Cultura do Guará e Li Lopes Atelier, sederam carro e locação gratuitamente sem requerimento formal, em cima da data das gravações, que já foram previstas antes de obter as locações necessárias. É dessa forma improvisada, sem burocracia e rápida que se dá o cinema de guerrilha quando se tem prazos a serem obedecidos.
As influências teóricas e estéticas do Dogma95 combinam bastante com a proposta do cinema de guerrilha, pois segundo as doutrinas do Dogma95, os objetos de cena são encontrados na locação, não se usa iluminação artificial, a câmera na mão, treme passando a sensação de realismo do cinema verdade, etc. Dessa forma a produção tem como proposito aproveitar a falta de recursos técnicos para transformar, de forma experimental, os erros em linguagem narrativa e sensações cinematográficas que comuniquem a estória também de forma não-narrativa, mas sensorial e lisérgica como é o contexto do filme.
A produção feita de forma rápida e informal, exige muita criatividade e poder de improviso. Pensar e agir de acordo com as demandas necessárias para que o filme se concretize como produto no prazo estabelecido e saber utilizar os poucos recursos disponíveis da melhor maneira possível, são os principais desafios da produção de guerrilha. Também pode ser considerado Cinema Marginal devido a seu modus operandi anticonvencional, livre de demandas comerciais e amarras estéticas com regras engessadas.
O modo de produção influi diretamente na estética do filme. A produção de guerrilha geralmente tem um estilo underground e marginal. Permite experimentar antigas vanguardas além de rupturas com o cinema convencional. A experimentação é de suma importância para inovação criativa, nas grandes discussões acerca de cinema não se pode deixar de mencionar a experimentação estética. Dessa forma até os erros são importantes e colaboram com o aprendizado. Enxergar onde estão as falhas, é uma forma de criar experiência para saber como evita-las.