Direção
Fazer o elenco entender qual função
ocupa na trama para assim extrair o melhor da atuação de cada um, é uma das
funções da direção. Esse processo se inicia na pré-produção, com ensaios,
testes, estudo da descrição dos personagens, leitura dramática do roteiro com
elenco e direção reunidos para debater a forma de abordagem da estória, suas
intenções e finalidades.
Dirigir um filme é pensar na coreografia do elenco em cena, isto é, definir e delimitar dentro da duração e espaço cênico, a posição e o percurso do movimento do elenco e objetos cênicos em relação à luz e à câmera. Com isso, através de sequência de planos reordenados na montagem, narrar uma história, transmitindo diversas sensações e emoções aos espectadores além de narrar uma estória marcante. Chris Rodrigues no livro Cinema e a Produção expõe as funções da direção.
No set de filmagem, as principais funções do diretor são instruir a equipe técnica sobre como quer filmar cada plano controlando o movimento dos atores em cena e sua atuação, com a assessoria do diretor de fotografia e do diretor de arte; administrar o movimento das pessoas envolvidas e a coreografia da cena. (CHRIS RODRIGUES)
Uma planta baixa de cada locação foi desenhada para que a coreografia de ação dos atores fosse definida de acordo com o espaço disponível para filmagem. As locações disponíveis muitas vezes se diferem da planta baixa idealizada. Nesses casos, uma nova coreografia de ação é desenvolvida e adaptada para o espaço encontrado.
Decupagem de direção é o trabalho de planejamento da ação feito pelo diretor e o desenho da cena de planta baixa de direção. Para isso, é necessário que ele veja a locação e saiba o espaço físico de que dispõe para posicionar a câmera em relação ao movimento dos atores. A decupagem de direção é a base do roteiro técnico, que será o guia de trabalho da equipe. (CHRIS RODRIGUES).
O roteiro técnico é feito com base na colagem de planos que formam as sequências das cenas. Esse processo é chamado de decupagem, palavra de origem francesa decouper que significa recortar. É uma palavra polissêmica que para cada área e função, tem um significado distinto. No caso da direção, a decupagem consiste na concepção da sequência dos planos que serão filmados. É a transcrição da ação escrita para imagens. Para isso o storyboard (em anexo) serve como guia visual para acompanhar o roteiro técnico. Sabendo os planos que serão filmados, ganha-se tempo e organização na logagem dos arquivos e na gravação das diversas tomadas. Isso agiliza a edição e montagem das imagens filmadas.
O filme é formado por cenas que são formadas por sequências que são compostas por planos. O plano é formado por fotogramas, a menor estrutura dentro da montagem cinematográfica. Através do corte é possível reagrupar os planos. Sendo o plano a fração encontrada entre dois cortes que pode ser ainda mais fracionado no momento da montagem. Jean-Claude-Bernadet classificou os diferentes tipos de plano em um sistema que é hoje internacionalmente aceito.
As escalas de planos tem inúmeras variantes, mas correspondem em geral ao seguinte: o plano geral (PG) mostra um grande espaço no qual os personagens não podem ser identificados; o plano conjunto (PC) mostra um grupo de personagens reconhecíveis num ambiente. O plano médio (PM) enquadra os personagens em pé com um pequena faixa de espaço acima da cabeça e embaixo dos pés; O plano americano (PA) corta os personagens na altura da cintura ou da coxa; O primeiro plano (PP) corta no busto; O primeiríssimo plano (PPP) mostra só o rosto; O plano detalhe (PD) mostra uma parte do corpo que não a cara ou um objeto. (BERNADET)
Os planos combinados entre si de forma a organizar um sentido dão unidade dramática as cenas. Os planos podem ser fixos ou móveis. Longos ou curtos. No caso do filme Amargo da Língua, onde a maioria das cenas dura de um minuto a vinte segundos, os planos são curtos e a decupagem é rápida. Os planos mais demorados tem ações mais dinâmicas, o que não quebra o ritmo do filme, pois a sensação de temporalidade é alterada de acordo com o movimento dos personagens e objetos cênicos no ecrã.
Para cada cena do filme, foram feitas várias tomadas, repetindo a mesma ação, com diferentes opções de enquadramento e perspectiva, para obter mais escolha na hora da montagem. Os melhores planos são selecionados para formar a sequência e assim cada cena é construída. No sistema convencional de produção de cinema, tem uma pessoa responsável por cada função, edição, filmagem, direção, etc. Quando é assim, cabe ao diretor planejar um roteiro específico para decupagem e direção de câmera.
No caso do filme Amargo da Língua, a direção e montagem é executada pela mesma pessoa que escreveu o roteiro e filmou os planos. Sendo assim, fica mais fácil saber de que forma a narrativa será construída através do material bruto, que esticado na timeline do programa de edição utilizado, chega a cinco horas, sete minutos e dez milésimos de duração. A decupagem do primeiro corte ficou com o tempo total contando com os créditos de vinte e cinco minutos. O corte final terá quinze minutos, para que possa ser considerado curta-metragem pela ANCINE. Com mais de quinze minutos, se torna um média-metragem e isso impede que participe de festivais de formato de menor duração. Pensando no tempo de duração real do filme, mais de 97% do material bruto é dispensado. Esse material pode ser aproveitado para making off ou futuras edições mais refinadas.
Além do filme de ficção como produto, o material filmado, pode gerar um documentário sobre o filme, mostrando como foi feita a direção de atores, movimento de câmera, decisão dos enquadramentos de acordo com a locação e o espaço disponível. Logo após a finalização do curta, será possível realizar um making off com aproximadamente uma hora de duração.
Dirigir um filme é pensar na coreografia do elenco em cena, isto é, definir e delimitar dentro da duração e espaço cênico, a posição e o percurso do movimento do elenco e objetos cênicos em relação à luz e à câmera. Com isso, através de sequência de planos reordenados na montagem, narrar uma história, transmitindo diversas sensações e emoções aos espectadores além de narrar uma estória marcante. Chris Rodrigues no livro Cinema e a Produção expõe as funções da direção.
No set de filmagem, as principais funções do diretor são instruir a equipe técnica sobre como quer filmar cada plano controlando o movimento dos atores em cena e sua atuação, com a assessoria do diretor de fotografia e do diretor de arte; administrar o movimento das pessoas envolvidas e a coreografia da cena. (CHRIS RODRIGUES)
Uma planta baixa de cada locação foi desenhada para que a coreografia de ação dos atores fosse definida de acordo com o espaço disponível para filmagem. As locações disponíveis muitas vezes se diferem da planta baixa idealizada. Nesses casos, uma nova coreografia de ação é desenvolvida e adaptada para o espaço encontrado.
Decupagem de direção é o trabalho de planejamento da ação feito pelo diretor e o desenho da cena de planta baixa de direção. Para isso, é necessário que ele veja a locação e saiba o espaço físico de que dispõe para posicionar a câmera em relação ao movimento dos atores. A decupagem de direção é a base do roteiro técnico, que será o guia de trabalho da equipe. (CHRIS RODRIGUES).
O roteiro técnico é feito com base na colagem de planos que formam as sequências das cenas. Esse processo é chamado de decupagem, palavra de origem francesa decouper que significa recortar. É uma palavra polissêmica que para cada área e função, tem um significado distinto. No caso da direção, a decupagem consiste na concepção da sequência dos planos que serão filmados. É a transcrição da ação escrita para imagens. Para isso o storyboard (em anexo) serve como guia visual para acompanhar o roteiro técnico. Sabendo os planos que serão filmados, ganha-se tempo e organização na logagem dos arquivos e na gravação das diversas tomadas. Isso agiliza a edição e montagem das imagens filmadas.
O filme é formado por cenas que são formadas por sequências que são compostas por planos. O plano é formado por fotogramas, a menor estrutura dentro da montagem cinematográfica. Através do corte é possível reagrupar os planos. Sendo o plano a fração encontrada entre dois cortes que pode ser ainda mais fracionado no momento da montagem. Jean-Claude-Bernadet classificou os diferentes tipos de plano em um sistema que é hoje internacionalmente aceito.
As escalas de planos tem inúmeras variantes, mas correspondem em geral ao seguinte: o plano geral (PG) mostra um grande espaço no qual os personagens não podem ser identificados; o plano conjunto (PC) mostra um grupo de personagens reconhecíveis num ambiente. O plano médio (PM) enquadra os personagens em pé com um pequena faixa de espaço acima da cabeça e embaixo dos pés; O plano americano (PA) corta os personagens na altura da cintura ou da coxa; O primeiro plano (PP) corta no busto; O primeiríssimo plano (PPP) mostra só o rosto; O plano detalhe (PD) mostra uma parte do corpo que não a cara ou um objeto. (BERNADET)
Os planos combinados entre si de forma a organizar um sentido dão unidade dramática as cenas. Os planos podem ser fixos ou móveis. Longos ou curtos. No caso do filme Amargo da Língua, onde a maioria das cenas dura de um minuto a vinte segundos, os planos são curtos e a decupagem é rápida. Os planos mais demorados tem ações mais dinâmicas, o que não quebra o ritmo do filme, pois a sensação de temporalidade é alterada de acordo com o movimento dos personagens e objetos cênicos no ecrã.
Para cada cena do filme, foram feitas várias tomadas, repetindo a mesma ação, com diferentes opções de enquadramento e perspectiva, para obter mais escolha na hora da montagem. Os melhores planos são selecionados para formar a sequência e assim cada cena é construída. No sistema convencional de produção de cinema, tem uma pessoa responsável por cada função, edição, filmagem, direção, etc. Quando é assim, cabe ao diretor planejar um roteiro específico para decupagem e direção de câmera.
No caso do filme Amargo da Língua, a direção e montagem é executada pela mesma pessoa que escreveu o roteiro e filmou os planos. Sendo assim, fica mais fácil saber de que forma a narrativa será construída através do material bruto, que esticado na timeline do programa de edição utilizado, chega a cinco horas, sete minutos e dez milésimos de duração. A decupagem do primeiro corte ficou com o tempo total contando com os créditos de vinte e cinco minutos. O corte final terá quinze minutos, para que possa ser considerado curta-metragem pela ANCINE. Com mais de quinze minutos, se torna um média-metragem e isso impede que participe de festivais de formato de menor duração. Pensando no tempo de duração real do filme, mais de 97% do material bruto é dispensado. Esse material pode ser aproveitado para making off ou futuras edições mais refinadas.
Além do filme de ficção como produto, o material filmado, pode gerar um documentário sobre o filme, mostrando como foi feita a direção de atores, movimento de câmera, decisão dos enquadramentos de acordo com a locação e o espaço disponível. Logo após a finalização do curta, será possível realizar um making off com aproximadamente uma hora de duração.